Dear Benjamin - Novel - Capítulo 30
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- Capítulo 30 - Uma noite obscura como a boca de um lobo
[Uma criança sequestrada é tão terrível para você?]
— Ele não é uma criança, ele ainda é um bebê… E sim, é claro que é terrível para mim. Por que não é para você? Você esperava que fosse pior?
Félix riu e saiu do armazém. O procedimento do cadáver seria feito por seus guardas, para que não houvesse nada com que ele realmente tivesse que se preocupar…
Só faltava livrar-se do mosquito.
[Não é natural ter curiosidade quando descobre que tem netos? Ah, você ainda não sabia? Kay é meu filho legalmente.]
Félix parou de andar e estalou a língua.
— Os latidos da cadela não me importam, mas eu posso ouvir a história do cachorro. O pai legal levou o filho com ele, e você conseguiu encontrar uma maneira de usá-lo para um benefício egoísta. Isso não é ser um pai, e isso não muito menos te torna um avô. De qualquer forma, se você quer um honorífico, podemos dizer que isso faz de você um tremendo filho da puta[1].
[Félix, eu sei que você é atrevido, mas é melhor ter cuidado com a forma como você fala.]
— Como posso ter cuidado quando você fica me irritando? — Félix levantou o pulso e verificou as horas antes de continuar a falar… Já estava escuro. O vento frio era agradável e suave, e ele nem conseguia se divertir porque estava completamente enfurecido. Faz muito tempo desde que ouviu a voz dele, e as memórias desagradáveis que deixa é tantas que chega a alcançar o chão. — Acabei de matar o homem que estava lhe dando informações, então me senti ótima e em paz comigo mesmo. Foi uma coisa linda, eu juro… Até que infelizmente recebi sua ligação e ouvi sua voz suja fluindo pelo meu ouvido. De qualquer forma, vamos aproveitar isso, o que acha? Porque há algumas coisas que eu queria lhe contar a muito tempo.
[Uau. Se é isso que Félix Prixel quer, então estou muito curioso para saber o que é.]
Em resposta à conversa casual de Cole, Félix descansa a cabeça na parede e solta todo o ar do peito. Seus lábios franzidos… No entanto, ao contrário de um sorriso normal, a pupila azul é tão fria quanto uma manhã de neve.
— A ligação não será em vão. Este é meu primeiro aviso: se você machucar a Sra. Parker ou Benjamin. Vou matá-lo da pior maneira que você possa imaginar. Farei isso de qualquer forma, mas depende de você quanto tempo dura ou não e as partes que cortarei primeiro.
Além de uma sensação avassaladora de pressão nesse momento, um feromônio alfa escuro e aterrorizante flui por toda parte… A mão do homem, segurando o telefone celular, treme até o ponto em que se ouve um rangido.
Cole ficou em silêncio, porque sabia perfeitamente que tipo de humor Félix deveria ter.
Ficaram assim por um longo tempo, até que um novo tópico de conversa se abriu. Ele estava entediado esperando por uma calma que obviamente nunca viria:
[Qual é o seu relacionamento com Kay?]
Quando perguntou isso, Félix apenas riu.
— Você já tem cavado o suficiente dentro da minha casa… Ainda não descobriu?
[Por favor, responda à pergunta.]
— Não tenho intenção de fazê-lo.
Houve um gemido estranho em resposta.
[E não pretendo permitir que um cara como você seja o parceiro do meu filho.]
Cole cuspiu em um tom tão frio quanto o de Félix, que apenas inclinou a cabeça.
— Está brincando comigo? Como você pode se dar ao luxo de fazer uma piada em momentos tão críticos como estes?
[Me desculpe se pareceu uma piada… Deixa eu falar um pouco mais diretamente. Tire suas mãos de Kay, ou desta vez vou destruí-lo adequadamente.]
— Isso foi ainda mais engraçado. Então, posso ser honesto? Cole, eu não ligo que você seja legalmente o pai dele. Isso é tão relevante para mim quanto saber sobre tuas realizações escolares ou a idade em que você aprendeu a pular corda. Estou pronto para rasgar seu pênis e alimentar os cachorros do beco atrás da minha casa. O que você acha?
Félix, rindo alto, olhou para o relógio novamente… Cole não disse nada desta vez, mas houve uma respiração um pouco dura e intermitente.
[Não sei o que você está pensando, mas…]
— Você só precisa se lembrar de uma coisa. Benjamin é muito importante para mim. Toque nele e você provará o quão cruel um homem pode ser.
[…]
— Eu o terei comigo novamente, a qualquer custo.
Uma vez, eu só tinha que vê-lo uma maldita vez e por menos de uma hora! Isso é o suficiente. É exatamente isso que preciso para mostrar meus sentimentos mais honestos diretamente no seu rosto!
[É assombroso. Por que você está mais louco que Kay? Não é como se fosse teu filho.]
Agora foi a vez de Cole rir, então Félix franziu a testa… Era tarde, então, antes de responder à sua provocação óbvia, ele caminhou em direção ao carro e decidiu se preparar para dirigir. Seu mau humor sai pela janela entreaberta.
— Isso é o que me diferencia do lixo como você.
[O quê?]
— Uma criança não precisa ser meu filho para que eu tenha empatia. Ele tem quatro anos e estava muito assustado com o que estava acontecendo em sua casa. Você vai e ordena um mercenário armado para roubar um bebê.
[Ah. Vamos lá! De onde vem essa súbita bondade?]
— É apenas uma questão de ética e moral, mas é natural que você não os conheça… E agora não tenho tempo nem paciência para apresentá-los a você. — Félix sorriu. — Finalmente, no entanto, há outra coisa que você precisa entender…
Félix abaixou a janela. Enquanto dirige, o vento da estrada entra violentamente e faz que o cabelo loiro e brilhante do homem fique emaranhado em todos os lados.
— Vou lhe dizer a razão mais importante pela qual você não deve tocá-lo. — Sua voz pode ser difícil de ouvir, mas Félix parece muito calmo agora. — Benjamin é meu filho… E eu o amo.
[merda… !!?]
— Você cometeu um erro. Terrivelmente grande.
Ao mesmo tempo em que fala, Félix acelera na autopista e estica a mão para jogar o telefone fora, o que acaba caindo e destruindo em algum lugar no escuro.
Félix levantou a janela novamente com um olhar perdido e, só então, o vento que soprava parou, além do barulho tremendo. O cabelo que tinha sido espalhado pelo seu rosto — agora era uma bagunça completa — então Félix teve que fazer o seu melhor para arruma-lo.
Ele ainda sente os gritos de Cole à distância, embora é claro que isso é impossível.
— Embora não seja meu… Eu vou me casar com Isaac de qualquer maneira, sendo assim ele será.
O tempo passa e se pode notar que a escuridão está ficando mais densa…
Enquanto ele suprimia a sensação de estar sobrecarregado, Félix fechou os olhos e tentou fazer com que os terríveis pensamentos começassem a deslizar pelas pontas dos dedos… Até a voz estridente e estranha do GPS informou que seu destino já havia chegado. Félix inspira novamente como todo mundo e espera: Havia duas pessoas conhecidas em pé na frente do prédio principal em frente ao aeroporto. Ele prendeu a respiração e finalmente conseguiu fazer o sedan parar suavemente na frente deles.
Quando abre a porta e sai, o rosto do homem à sua frente fica confuso em um instante. Seu coração doeu quando viu o quão magro e pálido ele havia se tornado em menos de uma semana… Mas logo os vê, aqueles lindos olhos negros difíceis e selvagens que sempre o fazem se sentir encantado — é como se apenas focassem nele. — Até parecem felizes.
— Por que você está… Por que você está…?
Isaac murmurou sem jeito, como se não se lembrasse de falar inglês. Félix, que naturalmente se aproximou dele, apenas colocou a mão no seu ombro.
— Isaac, eu disse que lhe daria um avião particular, mas não mencionei nada sobre deixar você ir sozinho.
— Não, você vai comigo?
— Claro. Como eu poderia ficar tranquilo assim?
Isaac olhou para Félix de uma maneira complicada. Ele quer dizer alguma coisa, mas as palavras por si só não podem sair… Esse homem é um tremendo problema. Até o jeito que move os lábios e o toca parece irritante e fascinante, então vira as costas para ele e começa a andar o mais rápido que seus pés permitem. Félix então agarra seu braço e o força a entrar no aeroporto com ele.
— Ainda temos muito tempo. Por que você está se adiantando?
— Mas…!
— Eu te disse, não foi? Nós pertencemos. Então eu definitivamente estarei com você, não importa o que aconteça no futuro.
Isaac engoliu o que estava tentando refutar. Enquanto o arrastava, ele não teve escolha senão andar em silêncio.
***
O interior do avião estava limpo e parecia absolutamente luxuoso e espaçoso. Era como um pequeno escritório. Uma mesa de madeira com todos os tipos de computadores, tablets eletrônicos e outros equipamentos desconhecidos por ele. Existem documentos organizados em ordem alfabética, um sofá enorme. Tem um mini-bar preso à parede e pode encontrar um quarto de solteiro quando entra pela porta dos fundos. O avião particular… Pelo contrário, era um pequeno hotel que podia voar para qualquer lugar.
Isaac sentou no sofá e começou a olhar para tudo ao seu redor até que estava olhando para Félix, que havia se instalado bem na sua frente. Ele parecia bastante concentrado em algum tipo de trabalho pendente, com o laptop espalhado sobre a mesa. Olhando para o monitor, clicando de vez em quando e digitando frases relativamente curtas.
Quando saiu de casa, achou surpreendente que ele estivesse o enviando sozinho. Embora ele estivesse completamente agradecido por ter lhe dado um avião particular sem perguntar nada, houve algumas ocasiões em que quis dizer: “Está se sentindo bem? Você realmente está me enviando, assim?” Então, vendo-o sair do carro… Ele ficou tão aliviado que todo o seu corpo relaxou consideravelmente. E isso foi ridículo! Ele queria bater a cabeça só de lembrar!
Isaac, que desistiu de pensar, enterrou as costas no sofá e fechou os olhos por um momento… Ah, ele não tinha ideia de quão confortável poderia ser uma boa almofada. Até teve a ilusão de ser absorvido e embalado.
— Como vamos viajar por cerca de cinco horas, seria bom se você tentasse dormir enquanto isso.
Félix, que rapidamente percebeu que a energia que ele armazenava estava deixando seu corpo, murmurou isso sem levantar os olhos do monitor por um momento…
O destino era a Carolina do Norte, no leste onde se encontravam agora. A base JSOC de Cole era baseada em Fort Bragg, Carolina… Então ele estava certo, já fazia um bom tempo. E seria bom dormir, pois poderia ajudá-lo a controlar sua condição física e também manter sua energia no topo. O problema é que não é fácil. Talvez seja porque ele está muito ansioso ou triste ou chateado ou preocupado ou tudo o mais um pouco… Mas ele apenas fecha os olhos e não pode fazer algo a mais que isso.
O rosto de Benjamin sempre aparece lá, chorando. Os gritos de sua mãe vêm de todas as direções.
— Beba isso então…
Os olhos de Isaac se arregalam… Ele nem tinha percebido como ou quando o trouxe.
— Obrigado.
Isaac olhou para o copo com gelo e licor e imediatamente depois tomou um gole que parecia bastante frio. Passou por toda a boca e depois tentou deslizar pela garganta o mais devagar possível. Sim, isso pode ser muito útil quando você deseja curar uma queimação que não desaparece.
— Você deveria comer alguma coisa também. Está tudo bem? Eu farei com você se isso te fazer se sentir mais animado.
Félix, que cuidava de Isaac como se ele fosse uma erva seca e crocante, fez sinal para que Tony trouxesse algo para comer imediatamente.
Havia esquecido que não fazia isso há dias. Antes de retornar a San Diego, comeu em uma pequena cidade na fronteira entre a Califórnia e o Arizona. Isso tem uma semana ou algo assim? Na verdade, agora nem sente fome. Não sente fome… Ou sono. Nem sente vontade de falar. Era como se todas as coisas dentro dele tivessem morrido.
Com uma cara estranha, Isaac desviou o olhar e olhou pela pequena janela. Havia um céu noturno, estendendo-se completamente para fora do vidro. É negro, todo negro. Era como um vasto mar abandonado… O mar é um espelho do céu. O mar não tem cor, é sempre sobre o céu pintando tudo o que tem embaixo. E, se você olhar o tempo necessário, percebe que não há nada. Não há luz, nem reflexo da lua ou das estrelas… E logo não há som.
Assim que se lembrou disso, surgiu uma sensação estranha em Isaac que rapidamente o forçou a estender a mão para fechar a janela. É tão terrível como o corpo insiste em se lembrar de cada coisinha apenas pela idéia de uma cor… A escuridão a assustava.
— Isaac, o que há de errado, querido? Você está se sentindo mal?
Félix, que aproximou o rosto do dele, perguntou enquanto limpava o suor frio de sua testa com as pontas dos dedos. Isaac estava tremendo, então a pupila azul do homem pareceu ficar um pouco escura.
Ele era muito bonito de qualquer maneira, olhos azuis que pareciam o oposto do que temia.
—… Um dia, eu atravessei o mar sozinho.
Essa foi a primeira informação importante em uma história que ele não contou.
— Sozinho?
— Eu embarquei em um barco de borracha pelo mar.
Félix franziu a testa.
— Você poderia ter morrido.
Isaac riu amargamente e assentiu.
— E desde então, tenho muito medo do escuro e do mar. É tão severo que há dias em que sinto que não aguento mais. E, toda vez que me vem à cabeça… Até acho que posso morrer. — Isaac, olhando para a janela fechada, moveu o dedo para fazer a cortina subir novamente. — Mas eu sei que é bobagem e tenho que superar isso rapidamente…
— Não é bobagem… Se você se sentir mal, deixe a janela fechada até o amanhecer. Eu posso até tornar as luzes mais brilhantes, se você quiser.
A voz de Félix era forte, mas sua sugestão foi muito gentil. A cabeça de Isaac diz que não.
— Isso é o suficiente… Sabe? Quando meu filho estava perto, eu nunca tinha medo de nada. Por mais escuro que estivesse tudo, se Benjamin estava nos meus braços, me segurando… Não havia espaço para ter medo.
— Entendo…
— Foi incrível… Talvez tenha sido por causa da idéia que eu tinha que protegê-lo ou, talvez fosse apenas o fato de Benjamin estar lá. Sorrindo muito. Isso sempre… Me fazia sentir melhor.
Era uma criança que se encaixava perfeitamente em seus braços. Um bebê dourado que cheirava a talco e leite perfumado. Se enterrasse o nariz nos cabelos dele, esqueceria toda a tontura e o sorriria. Sorriria de verdade. Ele era lindo e completamente dele, então sempre pensou e agiu pensando primeiro no que era melhor para ele. Ele se tornou seu mundo inteiro, então…
Uma vida sem Benjamin…
Eu nem conseguia imaginar uma vida sem Benjamin.
No passado, quando soube pela primeira vez sobre sua gravidez, ficou tão perturbado que pensou mil vezes na idéia do aborto e depois em tê-lo, mas dá-lo a pessoas que sabiam exatamente o que tinha que ser feito para fazê-lo feliz. No entanto, a partir do momento em que deu à luz e o segurou contra o peito, ele teve pensamentos e sentimentos totalmente diferentes do primeiro. Ele nunca se arrependeu de tê-lo e depois pensou que talvez fosse um presente. Que as coisas deveriam ter sido assim desde o início… Estava convencido de que, se não tivesse completado a gravidez, teria uma vida que não seria diferente de quando estivesse sozinho no meio do mar escuro. Certamente ele teria morrido, porque Benjamin era a única luz que iluminava sua vida.
E se… Eu nunca mais pode tê-lo comigo de novo? E se algo der errado e nada sair conforme está planejando…?
Só de imaginar que Benjamin iria desaparecer do seu lado, as mãos de Isaac balançaram devido aos calafrios e teve que esfregar os braços para remover a pele que já havia se arrepiado… Não, isso não vai acontecer.
Não vou perder meu filho, simplesmente não posso.
Isaac coçou a cabeça com força, depois olhou para cima. Em um momento, seus olhos se enredaram nos de Félix. Azul da Prússia…
— Depois que Cole te traiu… Quando você se tornou pai? Logo depois? De quem? Uma mulher? Um homem? — Sem desviar o olhar, Félix soltou um suspiro enorme. — Sem nenhum registro de casamento ou noivado, apenas trabalhando…
Só então Isaac respirou brevemente. Talvez Félix soubesse mais sobre ele do que parecia.
— Quanto você sabe sobre mim? Diga a verdade.
Isaac olhou-o ansiosamente, estreitando a distância enquanto ele pedia abruptamente uma resposta que o convencesse. Félix encolheu os ombros.
Devo dizer que sei o suficiente? Sua outra identidade era o capitão do exército, Casey Patricks, do DevGru. E que eu sabia que era da família adotiva de Cole, com um pai morto e assassinado. E, há quatro anos… Na Ilha Sul…
— O que eu poderia saber se você não me contar? Nos conhecemos, de acordo com a sua história… Mas esses negócios todos o fazemos, por alguns segundos ao menos.
Isaac apertou o punho. Ele se mexeu na cadeira e o olhou.
— Isso é tudo?
— Sim.
Parecia não haver mentira na maneira como ele respondeu, então Isaac apenas suspirou novamente… Félix poderia descobrir até a mais profunda verdade oculta, se ele tivesse um pouco mais de determinação nele.
Seus músculos estavam tensos e ele ouviu o som constante dos golpes na cabeça. Seu coração está batendo muito, muito rápido… Isaac, afundando na cadeira, lambeu os lábios completamente secos.
— Então você deveria me dizer, não acha?
— O que?
— Sobre o que aconteceu há quatro anos atrás.
— Ah…?
— Qualquer coisa, pelo amor de Deus! Eu só quero ser um homem mais informado.
Felizmente, Félix respondeu arrogantemente. Sem pedir algo específico. Isaac então lembrou-se de algumas coisas sobre as quais ele poderia estar curioso. Afinal, por um longo tempo, Cole e Félix tiveram um relacionamento difícil em que tentaram se matar. O traficante de armas Félix e o comandante do exército Cole eram uma história conhecida.
— Cole também tem um negócio ilegal de armas… Era inimaginável para mim, há 4 anos. Antes de eu ser jogado fora para longe dele.
— Tudo bem.
— Ele chegou ao fundo em muitas ações ilegais. Mas aqueles que não tinham idéia de que o comércio de armas estava diretamente relacionado a um oficial da marinha, pensavam que eram produtos da sua empresa e o culparam por isso… Então ele escondeu.
Assim que ele conta a história de Cole, Félix começa a sorrir. Bem, supôs que isso era melhor do que não ter nada de sua parte.
— Não foi só isso… Cole não apenas vende armas, mas também recebe propinas de várias empresas militares. Não eram apenas um ou dois oficiais envolvidos, mas centenas e centenas. Ele até decorou seu arsenal como uma base do FBI e da CIA. E colocou uma força especial para protegê-lo.
— Bem… Eu sei disso melhor do que você pensa, querido. Porque no começo eu o ajudei a fazer isso.
Continua…