Rosas e Champanhe - Capítulo - 11.2
A neve que vinha caindo há dias finalmente parou. Os trabalhadores passaram toda a manhã limpando a neve acumulada. Depois disso, os carros puderam circular livremente pelo pátio novamente. Após passar a noite mergulhado no trabalho, Yiwon despertou tarde com o barulho estridente da neve sendo escavada. Ele olhou pela janela e viu pessoas ocupadas se movimentando, limpando o lugar, e finalmente sentiu um pouco de alívio. Enquanto olhava para os flocos neve desaparecendo pouco a pouco, em um piscar de olhos, pegou os papéis e se dirigiu a porta no intuito de tomar café.
Yiwon de repente abriu a porta e quase colidiu de frente com Caesar, que andava pelo corredor. Caesar que já estava em casa há algum tempo e só vestia roupas casuais, hoje parecia diferente. Estava vestido elegantemente com seu terno cinza, assim como quando se viram pela primeira vez e, atrás dele, era possível ver o mordomo com seu casaco drapeado sobre os braços. Caesar sorriu e falou com Yiwon, que havia parado imediatamente, com os olhos arregalados.
— Ah, perdi uma oportunidade preciosa…
Yiwon não disse nada ao vê-lo de braços abertos, como se quisesse abraçá-lo. Quando os eventos do dia anterior de repente vieram a sua mente, ele ficou furioso. Yiwon se aproximou e jogou os papéis que estava segurando em Caesar, que permanecia de braços abertos para ele. Então Yiwon disse para Caesar, que, reflexivamente, pegou os papéis.
— Revise tudo isso hoje e depois vamos conversar sobre.
Em seguida, Yiwon se virou e entrou novamente na sala de estudo. Pensou ter ouvido a risada de Caesar atrás dele e franziu a testa em aborrecimento. O que há de tão engraçado em zombar das outras pessoas? Se bem que, no fim, ele é um mafioso de qualquer forma. Yiwon esfregou o cabelo violentamente.
***
Ele não conseguiu se concentrar no trabalho até o final da tarde. Yiwon teve que ler o mesmo papel várias e várias vezes. Ele sabia que tinha que permanecer calmo, mas, por outro lado, não estava confiante de poder fazê-lo.
Como as coisas não estavam ocorrendo como ele esperava, a impaciência se instalou. Ele tinha assumido este trabalho para dar um fim ao processo de Nikolai, mas ao invés de encontrar provas, estava apenas perdendo seu tempo, mergulhado em uma pilha de documentos intermináveis.
Quanto tempo tenho para continuar fazendo isso?
Depois de horas de repetição sem sentido, ele finalmente desistiu e largou a papelada. Não posso continuar assim. É melhor esfriar um pouco a cabeça.
Vou melhorar se eu caminhar um pouco.
Lembrando-se dos últimos dias em que tinha ficado praticamente confinado dentro da mansão devido à nevasca, Yiwon levantou-se cheio de animação. Deixando para trás o que estava fazendo, ele rapidamente retornou ao seu quarto pela porta que o conectava ao escritório, pegou o casaco e saiu do quarto. Naquele momento, uma voz calma foi ouvida atrás dele.
— Precisa de algo…?
Assustado, Yiwon se virou e, como esperado, viu o mordomo de pé olhando para ele. Era difícil para Yiwon lidar com os aparecimentos repetidos do mordomo à sua frente, sentiu como se o homem sempre o estivesse vigiando. Vendo os olhos finos do mordomo piscarem na direção de seu casaco, Yiwon disse.
— Eu só quero dar um passeio.
Naquele momento, ele viu os olhos do mordomo brilharem bruscamente. O mordomo abriu a boca com uma voz indiferente para Yiwon, que parou involuntariamente.
— É mesmo? Então por favor espere um minuto….
Ele desapareceu e quando reapareceu, tinha um chapéu na mão.
— Se vai sair, deve levar isso. Czar disse para colocá-lo.
Yiwon olhou silenciosamente para o valpeak, cujo pêlo era macio e grosso. Queria recusar pois não achava que era necessário. Mas a ideia de andar pelo jardim coberto pela neve sem o valpeak já o fazia sentir frio. Depois de olhar para ele por um tempo, lhe deu um breve agradecimento enquanto colocava valpeak na cabeça.
— Vai para longe?
Com a pergunta do mordomo, Yiwon ficou surpreso.
— Sim… talvez. Estarei de volta a tempo do jantar.
Quando Yiwon acrescentou, o mordomo disse indiferente.
— A comida será preparada quando o senhor quiser. Sinta-se à vontade para voltar na hora que desejar.
Yiwon assentiu com entusiasmo.
— Está bem. Muito obrigado.
Depois de se despedir com uma saudação leve, ele deixou a mansão. O mordomo o observou com olhos penetrantes enquanto ele caminhava em direção ao jardim.
*
O som da neve derretida fazia um pouco de barulho sob os pés. Yiwon caminhou lentamente, exalando pouco a pouco, seu hálito fluía como fumaça. O jardim era infinitamente amplo. Talvez pudesse se perder no meio de tudo isso.
No entanto, o jardim coberto pela neve branca era tão melancólico e verdadeiramente bonito que qualquer um que o visse gostaria de caminhar por ele pelo menos uma vez. Entretanto, mesmo quando seus olhos se apoderaram da surpreendente e fantástica paisagem de coníferas cobertas de neve enfileiradas crescendo em direção ao céu, Yiwon não ficou impressionado. Os pensamentos vertiginosos continuavam tomando conta dele, mesmo enquanto se movia de um lugar para outro, e era difícil acalmar sua mente.
Yiwon, que inadvertidamente ergueu a mão, tocou o valpeak com os dedos. Os longos dedos acariciando seu cabelo de repente vieram à mente. Yiwon continuou caminhando com as sobrancelhas franzidas. Sua mente estava uma bagunça, entremeada com as conexões entre o julgamento de Nikolai e os terrenos de Berdyaev.
Seus passos estavam ficando mais lentos, mas ele não percebeu. Tentou ignorá-los, mas seus pensamentos voltaram ao ponto de partida. Olhos cinza-prateados olhando para ele, um leve sorriso na boca, os dedos longos esticados em sua direção.
Ele cobriu os ouvidos inconscientemente, então franziu a testa.
Por que diabos eu tenho que pensar nele?
Yiwon achou ridículo o fato de estar tão aborrecido… Não era o homem que o incomodava, mas sim ele mesmo. Ele estava cansado de ficar zangado com o homem que obviamente o estava provocando. Uma árvore conífera espessa entrou no campo de visão de Yiwon no exato momento em que franziu a testa. Yiwon a chutou com raiva.
Com o baque repentino o velho tronco de madeira balançou. O problema veio em seguida. Um estrondo sinistro ressoou de cima. Uma sombra escura pairava sobre ele e, ao inclinar involuntariamente a cabeça para trás, uma grande massa caiu em cima dele.
Oh.
Antes que o grito pudesse escapar de sua boca, um monte de neve atingiu Yiwon.
Crush!
Yiwon, que havia caído no chão, tentou soltar um gemido tardio, mas isso também foi impossível. Ele cuspiu apressadamente a neve que entrou em sua boca e mal conseguiu passar pelo montante de neve que se acumulou em cima dele.
Seu traje estava uma bagunça. O valpeak foi esmagado pela neve, seu casaco estava molhado e ele podia sentir o frio invadir todo seu corpo. Um pouco de neve ainda estava se precipitando em sua boca, junto com as folhas esmagadas.
— Merda!
Yiwon estava prestes a chutar a árvore novamente, mas parou e, em vez disso, balançou seu punho para o ar. Estava prestes a explodir em frustração. Ficou irritado por se preocupar com coisas desnecessárias, mas agora estava ensopado, além de ficar preso sob a neve. Yiwon desistiu da caminhada e se afastou, se contendo o melhor que pôde, enquanto voltava para a mansão, blasfemando pelo caminho.
É tudo culpa daquele bastardo.
*
Quando finalmente voltou à mansão, já estava escurecendo. Estava caminhando há menos de meia hora e já estava com fome. Yiwon caminhou em direção ao seu quarto em uma pequena corrida, tremendo de frio. Vou pedir para prepararem uma refeição leve. Mas antes é melhor tomar um banho com água quente. Seus dentes estavam batendo um no outro quando ele agarrou a maçaneta da porta.
Foi então que ele teve um pressentimento assustador. Algo desconfortável. Yiwon girou lentamente maçaneta com as sobrancelhas franzidas. Um frio gélido varreu o ar. Ele silenciosamente abriu a porta, bem devagar. A cena familiar do quarto foi vista quando ele empurrou a cabeça pela pequena fresta na porta que se abria lentamente. E então….
Yiwon que viu uma de suas gavetas abertas e, rapidamente, percebeu a sombra de um homem estranho procurando algo no seu interior. Naquele momento, ele gritou com uma voz aguda.
— Quem é você?!
O homem, que estava revistando a sala na escuridão com uma lanterna acesa, se assustou com o grito repentino e se virou em pânico. As cortinas grossas impossibilitaram avistar o rosto do homem, mas era claro o que ele estava fazendo. O homem, em pânico pelo súbito aparecimento de Yiwon, olhou em volta e tentou fugir. Imediatamente, se dirigiu para a porta que conduzia ao escritório, mas Yiwon não hesitou e correu na direção do homem.
— Bastardo, aonde você pensa que vai?
Yiwon o agarrou pelo ombro e sacudiu com força o punho. O homem caiu sem sequer gritar. Yiwon tentou imediatamente acender a luz para ver quem era o homem, mas assim que alcançou a parede, o homem caído puxou os pés de Yiwon. Com um barulho alto, Yiwon bateu no chão e logo se seguiu a luta.
Brigar em um quarto escuro era mais difícil do que com vários adversários. Em uma situação em que não era possível atingir com precisão os pontos vitais do oponente, Yiwon e o homem rolaram pelo chão enquanto desferiram chutes e socos um no outro.
O homem parecia ansioso para fugir de qualquer forma. Seu punho, que o empurrou impacientemente para frente, continuou a falhar, apenas roçando no rosto de Yiwon. Yiwon esquivou-se de seu punho e, ao mesmo tempo, se inclinou e chutou a canela do homem.
Ouviu-se o som de ossos colidindo rápida e precisamente, então o homem gritou. Yiwon não perdeu a oportunidade de caminhar até a parede.
Foi então que a batalha foi interrompida pelo som de um motor de carro vindo do lado de fora da casa. Yiwon comete o erro de parar inesperadamente. O homem, então, não perdeu tempo. Agarrou o ombro de Yiwon e atingiu sua têmpora com o cotovelo. Naquele momento, Yiwon respirou fundo e se sentou no chão. Em simultâneo, o homem correu para fora do quarto feito um louco. Yiwon cambaleou, sentindo-se tonto.
— Espere, seu desgraçado…!
No momento em que ele tropeçou, gritando, a luz brilhante invadiu o quarto, fazendo com que Yiwon fechasse seus olhos.
— Porque está aí? O que aconteceu?!
O mordomo, que correu para o local, perguntou com urgência. Yiwon o identificou pela voz, depois abriu sua boca com os dois olhos fechados.
— Ahh…… você viu alguém suspeito? Ele deve ter saído agora mesmo daqui.
— Sério? E-eu não vi nada…
Ele gaguejava, com uma voz cheia de perplexidade. Yiwon pressionou o lado de sua testa e soltou um gemido espesso do fundo de sua garganta. Logo escutou o som de passos se aproximando.
— O que está acontecendo? Escutamos um barulho.
— Oh meu Deus, está sangrando… Sr. Advogado, tire as mãos daí.
— Ei! Chame o médico agora mesmo!
No meio das pessoas nervosas e confusas, Yiwon sentou-se, zonzo. Tardiamente, ele percebeu que a mão, que havia pressionado sua testa, estava encharcada. Foi somente depois disso que ele identificou o líquido que permeava sua mão de forma pegajosa. Ainda tonto, Yiwon testemunhou com seus próprios olhos o sangue vermelho que se acumulava na palma de sua mão. Várias vozes diferentes se misturaram entre os homens que gritavam.
— O que está acontecendo?
Uma voz fria e familiar foi ouvida em meio aos ruídos. Em um instante, o murmúrio dos homens desapareceu e ele pôde sentir como se todos eles se virassem para a voz de uma só vez. Yiwon levantou a cabeça enquanto pressionava a ferida que sangrava. Lá estava Caesar, com um aspecto assustador. Ele estava com a mesma roupa que havia visto pela manhã, e o rosto, que costumava olhar para Yiwon, não mostrava nenhum sinal de seu sorriso habitual.
Caesar, que ficou calado por um tempo, com um rosto pálido, abriu a boca. Naquele momento, Yiwon o viu. Sua expressão ficou fria em um instante. Era a mesma cara que o homem tinha quando apontou a arma para a criança. Antes de Caesar pudesse abrir a boca, Yiwon falou.
— Alguém entrou aqui.
Caesar parou um momento, então complementou.
— …… um intruso?
A voz de Caesar estava calma, mas Yiwon ainda mais inquieto. Ele disse, enquanto o sangue fluía entre seus dedos.
— Seria bom checar os arredores primeiro. Porque ele acabou de fugir.
Quando Caesar olhou para eles, os homens apressadamente viraram seus corpos e correram para fora. Assim que Caesar viu que o resto dos homens se espalhar e começar a revistar a casa, ele se abaixou casualmente e ofereceu sua mão a Yiwon.
— Seria melhor ser tratado primeiro. Conversaremos sobre isso mais tarde.
Embora não muito entusiasmado, Yiwon aceitou seu conselho. Ele estava sangrando muito e se sentia tonto mesmo depois de se sentar. Não queria que o homem o visse cair. Ao se levantar, segurando delicadamente a mão de Caesar, encontrou o olhar do mordomo, que estava olhando para ele com um rosto enrijecido até então. O funcionário imediatamente abaixou a cabeça e disse.
— Sinto muito, Czar. Este acidente aconteceu com o seu hóspede diante dos meus olhos. Vou me certificar que isso não volte a ocorrer. Me desculpe.
Yiwon olhou para ele com uma sensação estranha, enquanto o mordomo, que sempre olhou para Yiwon com olhos sombrios e deixando claro que não gostava dele, lhe pediu desculpas na frente de Caesar, mostrando uma atitude completamente diferente da sua arrogante aparecia habitual. Caesar olhou para ele com frieza e abriu a boca.
— Você será responsabilizado mais tarde. Antes, revise a casa para ver se encontra algo suspeito.
— Como desejar.
O mordomo rapidamente virou e se afastou. Seu rosto se tornou sombrio enquanto abaixava a cabeça.
— Vamos para o meu quarto primeiro.
Caesar deixou claro que ia levar Yiwon com ele.
— Espere um minuto… tenho que verificar o quarto primeiro.
Rejeitando Caesar, que estava tentando apoiá-lo, Yiwon deu um passo adiante para dentro do quarto. No momento em que entrou mais profundamente no quarto, ele se perguntou se o homem teria entrado lá por engano. Talvez seu alvo pudesse ser o escritório… Não, está na cara que esse é o quarto. Com um olhar franzido, Yiwon deslocou lentamente seu olhar de um para o outro.
Todos os seus poucos pertences pessoais foram espalhados pelo chão. Ele olhou para suas cuecas, que estavam meio penduradas em uma gaveta, e rapidamente tirou a gaveta para fora e a virou. Ignorando as roupas íntimas que agora estavam jogadas, Yiwon verificou o fundo da gaveta virada para cima. Havia um envelope de papel preso com uma fita adesiva.
— O que é isso?
Quando Yiwon retirou o envelope. Caesar perguntou como se estivesse surpreso. Yiwon respondeu com indiferença.
— São documentos importantes que deixei aqui. Para caso acontecesse algo assim.
Caesar, que estava esperando Yiwon verificar o conteúdo do envelope, perguntou.
— Então o que falta?
Diante da pergunta de Caesar, ele fechou o envelope e disse.
— Nada. Está tudo aqui.
Yiwon exalou cansado e sentou-se em sua cama. Dificilmente seria uma coincidência que em uma mansão tão bem guardada, de todos os lugares, justo o quarto de Yiwon tivesse sido assaltado. Isso estava certamente relacionado ao caso que Yiwon estava investigando. Quem poderia ser? Quando ele ponderou silenciosamente, Caesar perguntou repentinamente.
— Está doendo?
Yiwon respondeu secamente.
— Um pouco. Não é grande coisa.
Suas mãos encharcadas de sangue não paravam de escorregar. Yiwon apertou a têmpora novamente e sentiu um cheiro diferente, misturado com o cheiro de sangue. Era o aroma fraco do perfume que Caesar costumava usar. Quando olhou para cima, viu Caesar segurando um lenço. Enquanto olhava para ele, Caesar agarrou sua mão.
Caesar colocou sua mão sobre a mão úmida de Yiwon e pressionou suavemente o lenço, liberando-o sem dizer uma palavra. De repente, César levantou sua outra mão. A mão, que pareceu hesitar por um momento, acariciou cuidadosamente os cabelos que escorriam no rosto de Yiwon, que o deixou fazer dessa vez.
O rosto de Caesar, olhando para ele, estava de volta ao seu habitual. Yiwon levantou os olhos para enfrentá-lo, novamente sentindo uma estranha sensação de divergência. Caesar abriu sua boca. O que ele vai dizer? Quando de repente ele ficou curioso, Caesar fechou a boca novamente. Ao invés disso, ele se afastou e mudou de assunto.
— Parece que o médico chegou.
Com essas palavras, Yiwon ouviu o som de um motor de carro se aproximando entre as vozes de homens falando aqui e ali e o som de passos.
***
A casa virou um caos, e os sons de passos violentos e gritos continuaram sem parar. Yiwon sentou-se silenciosamente enquanto recebia tratamento, euquanto Caesar permaneceu de pé com os braços cruzados, encostado na parede, observando. O sangramento finalmente parou, mas a ferida era bem grande e o médico teve que usar um instrumento que havia trazido consigo para costurar três ou quatro pontos em um lado da testa de Yiwon.
— Isso não vai deixar uma cicatriz?
César foi o primeiro a perguntar para o médico que estava fazendo o curativo. O médico ficou tão surpreso que acabou deixando cair a gaze. Graças a isso, o curativo que envolvia a testa de Yiwon se desfez, Yiwon, que rapidamente agarrou a gaze e o fixou no lugar do médico, comentando.
— Eu poderia cobrir depois com uma tatuagem.
— Fazer uma tatuagem sem sentido é uma coisa desagradável.
Caesar falou descuidadamente e olhou para o médico. O médico rapidamente cortou o curativo e respondeu.
— Está tudo bem, vai ficar, mas não vai ser nada de mais. Não é uma grande lesão.
O médico, que estava suando profusamente, finalmente terminou o tratamento e pegou sua maleta. Um membro da organização, que abriu a porta, relatou em tom rápido.
— Czar, nós revistamos a casa e o jardim, mas não havia sombra de uma pessoa suspeita.
Yiwon imediatamente olhou para ele com um olhar franzido. Assim que Yiwon o viu, o homem tentou fugir e ele o perseguiu. Houve uma vantagem para ele, mas não foi longa. Logo depois disso, os homens de Caesar foram atrás dele, mesmo assim não encontraram? A expressão de Yiwon mudou rapidamente para uma questionadora. Em seguida, Caesar perguntou a seu subordinado.
— Existem sinais de intrusão?
— Não.
Caesar abriu a boca e perguntou.
— Você viu como ele era?
Quando levantou a cabeça, Caesar estava olhando para ele. Então Yiwon negou.
— Não, o quarto estava escuro… mas ele tinha o corpo de um homem adulto.
Caesar murmurou como se para si mesmo.
— Ele te golpeou e fugiu. Parece ser muito bom.
Yiwon disse irritado.
— Gostaria de ver como você agiria se você se encontrasse em uma situação semelhante.
Caesar sorriu brevemente, então virou a cabeça. O membro da organização, que estava esperando até então, rapidamente ficou nervoso e baixou a cabeça. Caesar ordenou.
— Fortaleça sua guarda. Esta invasão foi claramente sua culpa.
Um sorriso se formou nos lábios de Caesar.
— Um intruso invadiu a mansão. Quando acordar de manhã, a primeira coisa que deve fazer é olhar no espelho. Para ter certeza que a sua cabeça ainda está presa ao corpo.
O subordinado rapidamente abaixou a cabeça com uma expressão assustada.
— Me desculpe, Czar! Não vai acontecer de novo!
— Saia.
Com as palavras de Caesar, o homem imediatamente fechou a porta e desapareceu. Quando os dois ficaram sozinhos, Caesar virou-se para Yiwon.
— Os documentos estão intactos e não há pessoas suspeitas.
— Não posso acreditar que ele não deixou rasto.
Quando Yiwon franziu a testa e murmurou para si mesmo, Caesar estreitou os olhos.
— Sim, isso é estranho.
Imerso em pensamentos, Yiwon não percebeu o que a voz incomumente calma significava.
°
Continua…